Cinco poemas de Theo G. Alves
o idioma secreto quantas letras são necessárias para que eu escreva seu nome? em verdade, quantas letras são necessárias para que você me ouça chamar seu nome enquanto o escrevo? quantos gestos de amor quantas saudades infinitas quantas pedras dos muros de israel são necessárias para que você me compreenda? para que mensure a distância de minha estrada a densidade de meus ossos? quantas mãos precisarei estender para que você atravesse comigo este abismo de silêncios e os negrumes das cavernas mais antigas? eu digo a você: venha, mas não sei em que idioma secreto você compreenderia minha voz. vi tão pouco do mundo vi tão pouco do mundo minha geografia está emaranhada entre o barreiro das almas e a rua do brejo é tão pouco miúdo mas é o que tenho tudo o que tenho e trago nestas mãos mais ásperas nestes dedos de madeira vi tão pouc