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Cinco poemas de Ana Maria Agra

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A Queda Quero a queda patética aquela a que o riso se destina quero a queda o beco sórdido rasgar a carne escorra muito sangue meu sangue não seja heroico sou um ser  que desiste da verticalidade  patético, as vísceras à mostra o sangue pisado  rasgado o véu, quero me tatuar de humildade.   Balada para Narayama Meus dentes se fincam na raiz. renegam o chão estou velha, velhinha agora sou somente um fardo me dobro sobre meus joelhos meus olhos estão secos herdei os olhos miúdos e o caráter forte de meu pai de minha mãe, herdei a ingenuidade da vida, herdei um corpo seco um corpo exigente que só sabe o prazer carregando este corpo vou subindo passo a passo as montanhas vou me curvando sozinha domesticando os espinhos rasgando a pele seca dos pés uma velhinha - apoiada em sua bengala carregando um fardo  o corpo que não quer morrer. Do corpo O corpo é poro e pele e réstias de mi