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Cinco poemas de Alexandre Marino

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Minibio Alexandre Marino veio de longe, por amor às distâncias. Jamais chegou. Cansado de ilhas, anseia desertos e horizontes. É poeta à deriva em mar incendiado. Afoga-se entre as cinzas e o óleo, sob a lama das barragens e os escombros de um país que desaba. Por não se dar bem com o mundo inventou uma Pátria, Exília, inútil abrigo. Vive entre hiatos e fermatas, lapsos de sonhos, memórias inventadas. Tentou prever o futuro, mas foi enganado pelo delírio dos búzios. Procura a poesia nas profundezas mas não distingue mais as cercas ou as cores das fronteiras. Não sabe o que virá ao atravessar a fenda, um raio de luz, outro planeta, uma cidade fantasma, mas cultua essa dúvida como o tesouro que lhe falta. A ilha deserta Para Nádia, com amor Eu levaria você para a improvável ilha