Cinco poemas de Adri Aleixo
Ela precisa de um chão para varrer as folhas O quintal é seu lugar de ajuntar o tempo Estas árvores não foram pensadas para o Sertão Vieram do bico d’algum pássaro nasceram perto do rio e tem memória de mar A menina passa pra buscar a tabatinga as raízes do pequizeiro rompendo esperas não lhe ensinam nenhuma paciência Ampulheta A folha pendeu-se do galho e verde ainda agarrou-se ao telhado não demora setembro, até que ela caia marrom e devagar neste dia aprendi do tempo: a cor a queda a silêncio Cumeeira Para cessar o peso do dia poderás ir ao telhado lá, há um precipitar de chuva e pulo uma vista para o descampado é lá onde secam as palavras e coragem é uma espécie de ruindade lá, duas águas se encontram Cristaleira entre as duas taças a xícara lascada r e s p i r a Adri Aleixo publicou Des.cami...